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Aug 18, 2023

A refinaria de St. John da Marathon tem histórico recente de acidentes e vazamentos de produtos químicos, mostram registros

Plumas de fumaça sobem ao céu sobre a refinaria Marathon Petroleum em Garyville em 25 de agosto de 2023. (Captura de tela WVUE-TV) A refinaria Marathon Petroleum em Garyville, onde um grande incêndio químico

Plumas de fumaça sobem ao céu sobre a refinaria Marathon Petroleum em Garyville em 25 de agosto de 2023. (Captura de tela WVUE-TV)

A refinaria Marathon Petroleum em Garyville, onde um grande incêndio químico forçou evacuações na semana passada, teve mais de uma dúzia de incidentes de emergência nos últimos cinco anos, indicam registos estatais. Embora vários tenham sido pequenos, dois dos eventos feriram trabalhadores e a maioria começou com vazamentos em tubulações ou tanques de armazenamento.

Uma revisão dos registros do Departamento de Qualidade Ambiental da Louisiana (LDEQ) mostra que a refinaria Marathon na Paróquia de St. John the Baptist relatou 14 incidentes de emergência desde 2019, sem incluir o incêndio mais recente que durou sete horas na sexta-feira, depois que um líquido de nafta vazou de um tanque de armazenamento e aceso.

De acordo com os registos, metade das ocorrências ocorreu no ano passado e nove envolveram fugas de produtos químicos de recipientes de contenção ou oleodutos, que a LDEQ classifica como incidentes de poluição por resíduos sólidos.

Um evento recente ocorreu em 20 de fevereiro, quando um tanque de asfalto aquecido perdeu 4,6 barris (193 galões) de asfalto líquido no solo em uma área de 15 metros. Na Louisiana, a quantidade reportável – o limite a partir do qual as instalações devem comunicar uma libertação não autorizada – de asfalto é de um barril.

Em 20 de novembro de 2022, um gasoduto rompeu, derramando 2,2 barris (92 galões) de óleo diesel no solo. A ruptura ocorreu durante testes hidrostáticos, processo em que uma tubulação ou tanque é submetido a altas pressões para testar vazamentos.

Talvez o acidente mais grave tenha ocorrido no outono passado, quando um incêndio químico queimou dois trabalhadores, um dos quais teve de ser transportado de avião para um hospital de Nova Orleães. O incêndio começou em 5 de outubro de 2022, após um vazamento se desenvolver na carcaça de uma bomba química, liberando butano e alquilato, um aditivo de gasolina de alta octanagem. Queimou por mais de 10 horas antes de ser extinto.

Sete meses antes, em 21 de fevereiro de 2022, houve uma explosão de tubulação e um incêndio que feriu quatro pessoas e provocou o fechamento de estradas e uma ordem de abrigo no local nas instalações da Maratona. O incidente fez com que a empresa revisasse alguns procedimentos de inicialização de suas unidades.

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A refinaria não sofreu nenhum incidente de emergência durante 2021 e, principalmente, incidentes menores em 2020, exceto um vazamento de asfalto semelhante ao do início deste ano. Naquele incidente de 19 de maio de 2020, um tanque de armazenamento vazou 11 barris (462 galões) de asfalto líquido no solo.

Em 2019, a instalação sofreu um evento significativo, em 14 de outubro daquele ano, quando a válvula de um vagão-tanque ferroviário falhou enquanto os trabalhadores o enchiam com asfalto líquido, derramando cerca de 50 barris (2.100 galões) no solo ao redor dos trilhos.

Apenas alguns dos incidentes resultaram em poluição atmosférica não autorizada. Num caso, a refinaria perdeu oxigénio para os seus oxidantes térmicos, provocando a libertação de dióxido de enxofre, um gás venenoso. Os níveis de emissão não excederam as quantidades reportáveis ​​do estado, mas os inspectores da LDEQ detectaram um odor químico e pequenos níveis de dióxido de enxofre e compostos orgânicos voláteis enquanto monitorizavam o ar nas instalações pouco depois do incidente.

A maioria dos outros incidentes de poluição do ar foram menores ou causados ​​por falhas de energia que foram culpa da concessionária. Os registros parecem indicar que a Marathon tem um histórico consistente de notificação imediata de incidentes. Em alguns casos, o pessoal das instalações relatou pequenos vazamentos que normalmente não exigiriam notificação apenas “como cortesia”, mostram os registros.

O incêndio de sexta-feira envolveu tanto a liberação de resíduos sólidos quanto a poluição do ar. Marathon disse que o monitoramento do ar até agora não mostrou nenhum impacto para a comunidade próxima, embora os resultados do monitoramento do ar do LDEQ ainda não tenham sido finalizados e divulgados ao público.

A Marathon não respondeu aos pedidos de comentários do Iluminador, mas a empresa emitiu declarações nas redes sociais sobre o incêndio de sexta-feira, dizendo que sua causa permanece sob investigação.